O mundo de Gafa

Bien venidos ao MEU MUNDO! Se eu quiser, eu jogo fora, penduro no varal ou guardo debaixo da cama, porque é meu! Esse Blog não tem fins (nem princípios) Lucrativos (quer dizer, se quiserem me dar grana, estamos aí!), porém é de extrema pretensão, mesmo que infundada! O importante é exercitar o cérebro! Mesmo que seja pro mau... Mesmo que seja de forma errada... Mesmo que tenha de explodí-lo! Porque se escrevemos, é para que alguém em algum lugar, quando ler, sofra alguma reação!

quarta-feira, maio 09, 2007

O Triste Fim de um Pseudo-Escritor...

“Negócio seguinte: o sonho acabou e, depois, não sobrou mais nada.”

Charles Bukowski, escritor.



E é chegado o fim do espetáculo. Que, de espetacular, não tinha nada! Pão rápido. Caem as cortinas, caem as máscaras, caem as petecas, por fim, caem por terra todas as ilusões. E elas, cruelmente, indiferentemente, são enterradas em aterros aterradores. Melhor parar, começo a me sentir “Gessingueriano” por demais...
E falece assim, um Pseudo-Escritor. Morre um “algo” que nunca foi. Deixa de existir o que nunca, sequer, chegou a ser.
Desistiu. “Desexistiu”...

É chegado o fim e, com ele, a consciência de que nada mais é do jeito que era. Coisas mudaram. Novas situações, velhas lembranças, novos esquecimentos, velhas rotinas. Quem um dia puxava, hoje empurra, quem acompanhava, agora anda só. O que incentivava, desacredita. Tudo se separou, cada qual atende à suas necessidades e interesses. Porém, ninguém pode ser criticado, era a ordem natural dos factos. Cedo ou tarde, seria assim. E, até que foi tarde...

E, melhor desse jeito, aceitar o fim, que era algo inevitável. Continuar a embalar um feto natimorto, faz sentido? Por mais que se tenha carinho por ele, disso não passa... “E o que resta é apenas um Glamour Fim-de-Festa.” Já diria o Sr. João Luís Woerdenbag Filho. É como se todos já tivessem ido embora e, só aquele grupinho, uns seis ou meia dúzia (pra ilustrar que dá no mesmo), não desistindo, tentando “vã-mente” (ta certo isso?) manter a linha, prender o espírito, segurar o ritmo, iludindo-se como se nada ao redor tivesse se diluído quando, na verdade, o que resta é apenas aquela repulsa de quem já bebeu demais, mas entorna mais um gole por não querer parar, não poder parar, precisa, mas não o admite. E o enjôo dede quem vomita e volta a beber. Molha a boca, lava a cara, de nada adianta, mas não deve parar, não agora. E sobra aquele gosto amargo, de quem dormiu bêbado, acordou bêbado e viveu bêbada, hermética num topor criado por sua auto-suficiência, uma muralha de vidro temperado onde nada entra e nada sai e as formas são disformes, onde a realidade se condensa a uma simples má-impressão que já devia ter passado, mas, por birra, segue o presente e faz sombra o futuro.

E sinto que, com isso, começo a desaparecer. Penso em correr. Sempre se pensa em correr. Não se sabe do que, não importa pra onde, apenas correr até acabarem as forças e poder desabar sobre os próprios joelhos. Mas me faltam pernas para fazê-lo. E, por conta disso, vem um embrulho no estômago, mas não se sente, pois lá se foi meu tronco. E sinto um nó na garganta a me sufocar. Mas como posso tentar concertar isso se mãos me faltam? E, mesmo que as tivesse, já não tenho mais pescoço e, por conseguinte, garganta, menos ainda. Começo a me desesperar com o nada que me toma, mas agora é tarde...
Nunca fui de chorar, mas confesso que os olhos, que não tenho, se enchem d’água e, na minha ausência de rosto, furtivamente, escorre uma gota de tinta, querendo ser lágrima.

E, no auge da minha pieguice, exclamo, “mudamente”, um “That’s All Folks!”, almejando imortalizar-me no esquecimento alheio.



Humor: Diferenciado.


Ouvindo: Metallica - Nothing Else Matters



terça-feira, março 20, 2007

Sobre o novo Poder.




"Antes homossexualismo era um crime para sociedade, depois, passou a ser apenas vergonhoso, em seguida, virou comum, logo após, passou a ser aceito. Hoje em dia, acham até bonito! Vou-me embora antes que seja obrigatório..."
Ouvi essa do Millôr, mas já disseram isso antes, tenho certeza...


Simples assim. Atualmente, o poder está nas mãos das mulheres. Alguém duvida? Também acho que não se deva duvidar. Mas, Ladys and "Gentlewomen", desculpem, sou ciente de todas suas conquistas e cousa e talz, porém seu tempo também está acabando. exactamente. Assim como já houve uma época em que os homens eram os detentores do poder (éramos é?) e as mulheres atualmente o são (são?), bem, isto está para acabar.
Raciocinem comigo... No futuro, o poder é dos Homossexuais. Deixe-me provar (provar que o poder será deles, não provar eles, bem entendam...) :

Quem detém o poder? Detém o poder quem possui o capital, ou seja, o poder está nas mãos de quem tem grana. Oras, para se ter grana, normalmente, a pessoa possui uma boa profissão, um cargo avançado e toda esta sorte de coisas. Ou seja, para se adquirir o capital, deve-se estar capacitado para assumir um posto avançado e arcar com suas responsabilidades. Ok ok... agora me acompanhem... considerando toda aquela coisa de preconceito e discriminação e sei lá mais o que, o homossexual tem que proceder (e o está fazendo) da mesma forma que as mulheres fizeram anos atrás, ou seja, ser tão ou mais capacitadas que seus concorrentes a um cargo. Bem, é uma questão simples. Eles vão se especializar e serão cuidadosos e dedicados o suficiente no trabalho para quebrarem esse tabu que é a discriminação. Ou seja, serão muito melhores profissionais que um heterossexual pois tem essa Pseudo-Obrigação de provarem seu valor.
Oras, uma vez estando muitos deles em cargos altos, postos avançados e posições privilegiadas (sem trocadames), estarão, automaticamente, detendo o capital e, assim, detendo o poder.
Quanto ao gasto do capital... uma das coisas que mais se tem "desperdício" de capital (falo de forma prática, isento de sentimentalismos agora) é o facto de se ter uma família. Filhos, ah, filhos gastam muito. Escola, fraldas, alimentação, remédios, roupinhas que em um mês já não mais servem... filhos são supérfulos. Ponto pros homossexuais, eles não correm este risco de desperdício de capital, que pode ser canalizado para outras áreas, como sua própria especialização. Assim, eles ficam, além do poder capital, também detendo o poder intelectual.
Considerando ainda que eles ocupem altos cargos, é correto se pensar que estarão, dentre tantas outras funções, cuidando da lei e da ordem. E, nada mais justo que, a minoria tão discriminada, molde suas leis em seu benefício, sendo mais severa contra o racismo (embora a esta altura, eles já tenham a muito deixado de ser minoria) contra os homossexuais. Haverá uma espécie de segregação aos heterossexuais, serão tachados como preconceituosos apenas pelo facto de não aderirem a "nova opção sexual vigente". Pois vejam... é sabido que um homem consegue ter uma convivência muito mais saudável em seu dia com outro homem, visto que ambos pensam igual (em tese) e tem hábitos semelhantes e costumes coniventes. Vendo deste ponto, se tem a sensação que, à excessão da parte fisiológica, homens convivem melhor com homens, mulheres com mulheres. Sendo assim, nada mais natural do que acertar isso ignorando um ponto, que é o sexo, do que deixar tudo torto como estava, em relações lotadas de diferenças. O sexo perde assim seu intuíto de "procriação", tornando-se apenas lúdico, visto que haverão apenas casais estéreis (homens com homens, mulheres com mulheres). Não haverá mais gestação, apenas "bebês-encomenda" em laboratórios-escola, de onde serão criados com material genético dos "pais" e lá ensinados e amparados até idade avançada, para então serem enviados a seus tutores já devidamente cientes de sua função na atual sociedade.
Haverá colônias isoladas de heterossexuais, que serão fortemente discriminados por suas opções, receberão cargos inferiores e, mesmo um tendo conseguido um cargo melhor, será visto com maus olhos pela sociedade vigente.
Enfim, essas são minhas previsões para um futuro não muito distante. Espero, até lá, ter morrido ou estar perto disso. E, caso vivo, estarei numa dessas colônias e ganhando um péssimo salário, garanto!



Humor: Engraçadinho, ha-ha-ha...


Ouvindo: The Butchies - Galaxy is Gay.

sábado, março 10, 2007

Quando o Amor acaba...

"Amar não é coisa para amadores."
Milôr Fernandes




No inicio, ahhhh, no início! Era bem assim, ela me amava e EU sentia isso. EU via em seus olhos e em seu sorriso e em sua respiração. Tínhamos sintonia. Bastava ela me ver e estava tudo aí. E, quer saber? Era recíproco! Assim como ela me amava e EU podia sentir isso, ela também podia ter certeza que EU a adorava. Podia não lhe dizer assim, com todas as letras, mas bem, como diz aquela frase-feita "um gesto vale mais que mil palavras". E não se pode dizer que EU não era carinhoso com ela. Estava sempre à sua volta, nos divertíamos à beça, eu dava mordidinhas de brincadeira, ela me acariciava atrás da orelha, tipo quando dá aquela coceirinha, sabem?!, de volta, lhe dava uma lambida na bochecha, ela fazia cara de "noujeenho" de brincadeira e desatava a rir disso... enfim, éramos um par perfeito.
Logo de cara, tive problemas com os pais dela. O Pai, homem da casa, tinha de manter sua pose. Não falava comigo. Aliás, fazia o possível para nem estar no mesmo cômodo da casa que EU estivesse ocupando. A mãe, bem, ela falava mal de mim o tempo todo. Sempre que podia falar algo pra me maltratar, fazia questão de dizer. Eram unânimes quanto serem contra minha chegada na família, assim como falei. Mas tiveram de se conformar, visto que nosso amor era bem maior que suas ressalvas. Por fim, tiveram de aceitar. Ainda assim, nada de ir pro quarto dela, não senhor. Muito menos, deitar em sua cama! E mesmo eles não estando em casa, não convinha fazê-lo, podiam descobrir. Seria pior, pra ela e pra mim.
Porém, as coisas foram mudando... não sei quando começou isso e nem por que, mas o tempo foi passando e ela já não tinha tanto prazer na minha companhia... já não fiava comigo em todas suas horas livres. E EU me sentia triste. Tudo bem, uma coisa ou outra errada EU fiz talvez... tinha ciúmes dos amigos dela, pra bem da verdade, me desentendia quase sempre com eles. Ela me dizia pra que não fizesse assim, mas não tinha jeito. O sangue subia, ficava com inveja e os atacava. E isso a chateava, EU sei... Mas também sentia que a estava perdendo. Que outras coisas entravam na vida dela e que EU ia me tornando um mero coadjuvante, ao fundo, sem falas, perdendo a interação. Não sabia o que fazer para reparar isso. Aliás, tudo que fazia, parecia errado. Sempre que tentei chamar a atenção, e que antes, ela adorava, agora me repreendia, dizia que EU não tinha mais idade pra fazer isso, e nem ela pra aturar esse tipo de coisa. EU estava ficando louco. meu coração aos poucos, despedaçava-se.
Por fim, reuni o resto de dignidade depois de nossa última briga e, com lágrimas nos olhos e pesar no coração, me fui embora. Dizem uns que ela ainda me procurou uma semana ou duas, porém, se EU voltasse, ainda assim, as coisas não seriam como antes. Hoje sou um oco, mendigando carinho à volta dos outros. Se me perguntarem, sim, EU tenho vergonha, mas é o meu destino. E, por mais que EU tente, suas ultimas palavras não saem da minha mente:

-- Rex, cachorro mau, pare de tentar comer meu ursinho de pelúcia! Será que vou ter que e prender pra sempre num canil?!



Humor: Feliz que nem cachorro em mesa de churrasco.



Ouvindo: Iggy Pop and the Stooges - Wanna be Your Dog.

quinta-feira, março 01, 2007

In-forme Extra(Ordinário)!

”Vim, vi e Venci.”
Comentário, nada pretensioso, de César, Ex-Imperador Romano, e inspirador da famosíssima "Ceasar Salad" (EU acho...)


Essa é pra não ficarem por aí, reclamando, dizendo que morri e cousa e talz . Pois parem de agradecer, não irão (certo isso?) se livrar de mim assim tão fácil! Noticias, notícias, dessas EU tenho milhares! Boas, nem tão boas, engraçadas, tristonhas, estranhas... de todos os tipos e para todos os gostos! Mas por onde começo? Ahhh, convém ressaltar que não seguirei uma ordem cronológica, até mesmo porque nunca a segui, vocês bem sabem. Aos 7 anos EU era adulto, . Aos 14, uma criança, aos 21, sou um velho e pretendo aos 40 ser adolescente e daí pra diante, só rejuvenescer! Fato é, não possuo ordem racional no que faço, penso, digo ou sei lá o que!

Bem, talvez EU possa começar pelo que estou fazendo agora enquanto escrevo. Considerando que não tenho um PC Full Time (verdade seja dita, nem energia elétrica tenho ainda... me sinto morando na praia, que, de fato, estou...), decidi anotar coisas num bloquinho (é tri) de papel ( ou Vidro, ou Plástico, ou Metal... qualquer coisa que seja reciclável, pro bem dos nossos filhos e blá blá blá, salvem o meio ambienta agora, ou terão de salvar o inteiro ambiente depois...) e quando der de jeito, sento na frente do Word aqui da casa do Alan ( a Lan House, sacaram?!) que é por 1 pila a hora (melhor preço do mercado, mas não espalhem senão, inflaciona...) e posto o que der.

Acabo de atender um Norueguês gago:

”Gi-giva ma a A-ama-marula, Pu-lease!”

Duas pessoas de países diferentes se comunicando através da língua de um terceiro (país, no caso) é algo, no mínimo, engraçado (pra quem?!)... Falando nisso, esqueci de mencionar. Já estou trabalhando! Yeah, num bar chamado Pingüim (que não é o da Lima e Silva) que é Pseudo-Nordico (me identifiquei com a parte do Pseudo...). É divertido até. Metade da clientela é careca e a outra metade tem cabelos brancos, mas todos são peles-vermelha. Devem ser índios. Ou bebem demais... teve um cara aqui, o Vidda, que numa noite, bebeu 15 doses de Cointreau. Diz-se que lá eles (na Noruega distante...) começam a beber cedo (do dia ou da vida?). Enfim, convém dizer que consegui este emprego graças a minha entrevista que, sem modéstia alguma, foi espetacular. Sério que, se sou dono de um bar e alguém faz uma entrevista como a minha, contrato na hora. Não por acreditar no fulano, mas pela lábia mesmo... Tipo, por tudo que disse já ter feito nessa vida, eles se espantaram quando disse que tinha 21 anos de idade. No mínimo, me davam o dobro, por carga-horária. Claro que uma ou outra coisinha EU aumentei, inventei, modifiquei, distorci, furtei, enganei, trapaceei, omiti... mas pô!, EU sou humano! Mesmo que nem pareça...

Hey, também tenho uma casa, oras! Foi difícil no inicio conseguir, por conta da burocracia... sabe como é né... Faz ficha pra trabalha, te pedem endereço. Procura lugar pra morar, perguntam se tu trabalha. Então, quem veio primeiro, o ovo ou a galinha?! (não respondam, por favor...) Mas então... minha casa é muito encantada, até tem teto, mas dentro, não tem nada. Já estendi a minha rede e dormi nela. É o processo de “Cearencialização” ocorrendo... Fui pedir hoje pro pessoal que dá a Luz (companhia elétrica, não é a parteira... ) ligarem minha energia. Não quero passar mais uma noite só de velas...

OI!

Oe, oe, oe, oeeeeeeeeeeee! Quem quer dinheiro?! Vai pra lá, vai pra lá, vai pra lá...

Agora tenho um novo número de celular. É da Oi! Me sinto um Nazi-Ska-Fasci-Skin-Integralista. Ainda não tenho créditos, mas quando tiver, mando mensagem avisando do número.


Gente, vou nessa que tenho que trabalhar agora. Mas assim que der, apresento novidades! Beijos Saudosos e Abraços esfolados a todos! Até mais ver!



Humor: Felicíssimo!


Ouvindo: Forró Music, dos vizinhos... (socorro!)

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Existêncialismo de Butique.

"Pensar é espontâneo, mas doi!"
Alguém um dia foi sincero e disse isso...




Inferno... onde ouvi isso antes já?
Claro, sempre ouvi a mesma história, pessoas diferentes, tudo igual. Hoje e sempre.
Mesmas pessoas situações diferentes. Aparentemente. Alguém já fez isso antes.
Detesto quando isso acontece. Levanto, acendo a luz. Respiro fundo, sento na cama. Por que isso não me sai da cabeça? Por que não se tem um botão de "Auto-Clean" tipo desses novos Liquidificadores?!
Desligo a luz, deito de novo. Ligo o ventilador, deitado mesmo. Está a um palmo da minha cara. O ar sai quente dele. O ar se desloca mas é um ar quente. É como se viesse o Diabo em pessoa soprar na tua cara. É desumano, como quase tudo é.
Me viro na cama. Direita, esquerda, de frente, de bruços, meio de lado, viro pra cima de novo. vencido, abro os olhos. Não vou mesmo conseguir dormir essa noite. Tudo escuro. Sinto, gradualmente as pupilas se dilatarem. Começo a reconhecer traços do quarto.
Vejo o teto. Vejo que não nada o que se ver no teto. Não sei quem projetou a idéia do ser humano, mas era um sádico. Por que em nossa hora de descanso é que os pensamentos saem por aí, correndo, piruetando e fazendo algazarra? Por que não escolhem uma hora no dia para fazê-lo? Pensar dói. Aliás, perceber o fato de estar pensando é incômodo! É algo que nasce conosco e, no entanto, vez por outra, nos surpreendemos fazendo isso, como se fôsse a primeirissima vez na vida!
Tento parar com isso de pensar sobre pensar. Não consigo. Saio pra rua, em roupas de dormir mesmo. A essa hora não existe viv'alma fora de casa. Abro uma cadeira de praia na rua. Moro na cidade, quase roça, mas posso me dar ao luxo de abrir uma cadeira de praia no meio do pátio vez por outra. Não fumo, mas nunca tive tanta vontade na vida. Não por necessidade, mas pelo simples facto de se encaixar com o quadro. Afago o cachorro e sorrio. "Quer trocar?" pergunto a ele. Deita do lado da cadeira e simula um sorriso. Cachorros não sorriem, mas esse é maluco mesmo... O sono me vem. A vontade de dormir vem. A necessidade de dormir junto. Mas não consigo. É péssimo isso, pois não estou pensando em nada além disso. Penso em pensar, penso em dormir. Nada que vá mudar minha vida, nada que altere o destino de ninguém. Um devaneio trivial inescapável de péssimo gosto. Suspiro derrotado. Perdi a discussão pra mim mesmo, por falta de resposta. Levanto, guardo a cadeira. Olho pras minhas garrafas de bebidas. Penso em ser simbólico e tomar um gole de Whisky no gargalo. Desisto! Tomo um gole d'água e misturo Leite Condensado com Nescau pra comer de colherinha, pois me dou conta que é um saco ser existêncialista...




Humor: Abobalhado...


Ouvindo: Franz Ferdinand - The Dark of Matinee.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Aparências.

"No creo in brujas, pero que las hay, las hay..."
Dito popular "en español".



Ele... ele achava um tremendo saco ter que ir passar parte das suas férias, ainda mais no carnaval, naquela cidadezinha do Interior dos interiores de lugar algum! Maldicta seja essa parentada que é do interior e tem que se visitar, como compromisso...

Ela... ela nasceu e cresceu no interior. E talvez fôsse passar toda sua vida por lá. Sua natureza era essa, não precisava muito, o que tinha lhe satisfazia lá mesmo.

Ele era arrogante, prepotente e se achava senhor do mundo. Não sem motivo, realmente, tinha admiráveis pontos bons em sua composição. Sabia muito do trato das pessoas. Dissimulava bem. Persuadia e não deixava lhe pegarem. Sabia prever acontecimentos, não por mediunidade, mas sim por que a natureza sempre se repete e essa história toda.

Ela tinha ares de ingênua. Era comportada até que se provasse o contrário, nunca fez nada que desagradasse ninguém. Era muito bem quista por todos das redondezas.

Eles se encontraram numa pequena comemoração, coisa de uma família que chama a outra que é vizinha de uma terceira e coisa e talz...

Ele a olhou e pensou, cá com seus botões: "Por que não, rapaz, que tens a perder?!"

Ela o olhou e sorriu, nem imaginando o que ele pensava.

Ele se aproximou, puxou assunto. Destilou todo seu "veneno" ao ouvido dela. Foi suave e letal.

Ela achou o máximo alguém de fora vir falar com ela. Não eram muitos que o faziam. Geralmente ela quem teria de se aproximar num lugar como aqueles e tudo o mais...

Eles conversaram a noite toda, come se tivessem conhecido toda a vida.

Ele tinha um meio-sorriso nos lábios, os olhos malicentos e a testa pendendo sobre seus olhos. Dava impressão de que nem possuia olhos, pois uma sombra os escondia, o que dava todo um ar de mistério à sua volta. Ele sabia que isso as impressionava.

Ela sorria muito, mas, acanhada, tentava tapar com sua delicada mãozinha uma parte dos lábios, o que aumentava sua candice. Ficava rubrorizada a cada coisa que ele le falava ao pé do ouvido.

Ele tinha certeza que o jogo estava ganho. A garota estava na dele, ele ia ter uma boa noitada com ela, simples assim. Ótimo pra acabar com o tédio que seria esse fim de semana isolado "do mundo lá fora" como ele dizia.

Ela estava dando linha. Adorou o ter conhecido e lhe disse isso. E disse que não tinha caras legais que nem ele alí onde ela morava. E que adoraria passear com ele fora daquela "festinha" de vilarejo.

Eles saíram noite afora, olhando as estrelas, trocando comentários e tudo o mais.

Ele achou que era uma boa idéia brincar com ela, pra esquentar um pouco as coisas... perguntou se ela acreditava em Lobisomens.

Ela disse que não a visse como uma caipira... essa coisa de Lobisomens era bobagem e coisa e talz...

Ele saiu correndo, trepou num poste pequenino, tipo, como se fôsse mesmo um lobo, mirou a Lua e uivou a plenos pulmões.

Ela pediu pra que parasse com aquela besteira.

Eles se aproximaram. Ele, com vontade, ela, com receio.

Ele comentou que já era tarde e ela deveria ir pra casa. Porém sabia que ela ficaria mais. Era assim que funcionavam as coisas.

Ela concordou, disse ter que ir, porém o convidou para que a acompanhasse até sua casa.

Ele brincou que não iria, pois poderia haver algum pai furioso e armado até os dentes à sua espera.

Ela disse que não fôsse tolo. Morava sózinha e não tinha esse problema.

Eles andaram juntos, meio em silêncio. Não um silêncio constrangedor, mas sim algo quando ambos concordam que não se tem o que dizer.

Ele chega a soleira da porta, lhe dá um abraço de despedida. Mas sabe que não ficaria apenas nisso. Achava curioso uma jovem assim, morando só.

Ela abriu a porta e foi entrando. Parou, olhou pra trás e perguntou se ele não ia entrar.

Ele respondeu que Lobisomens não entram sem serem convidados.

Ela deu uma gargalhada. Disse novamente que isso não existia, além do que, são os vampiros que fazem isso...

Eles se aproximaram. Muito. As respirações se tocavam. Eles não. Ainda não. Olharam, um os olhos do outro.

Ele aproximou seus lábios dos dela. 90% do caminho andado.

Ela terminou os 10%, lhe dando um beijo.

Ele a abraçou forte e manteve o beijo.

Ela não resistiu. Nem tentou.

Eles pararam no tempo.

Ele escorregou a boca para o lado, ao pescoço dela. Deu-lhe um, dois, vários beijos acariciando seus cabelos.

Ela fez o mesmo. Levou a boca em direção ao pescoço dele.

Ele sentiu uma dor lânguida, como se lhe tivessem cravado algo na jugular. Se afastou com a mão no pescoço. Sentiu algo molhado. Seu sangue.

Ela também se afastou. Já era pálida, porém agora sua cor era acinzentada. Seus olhos, fundos e negros, eram assustadores. Na verdade, desesperadores seria a palavra correta. Em sua boca, caninos afiados e sangue. O sangue dele.

Eles fariam um belo casal.

Ele gritou assustado que ela tinha dito que aqjuilo não existia, era tolice.

Ela disse que falou isso dos lobisomens, não dos vampiros...

Ele sorriu, reconhecendo a derrota e perguntou como seria agora.

Ela lhe ensinaria, passo à passo como se vive a morte.

Eles casaram e foram muito felizes sugando o sangue alheio e enganando os inocentes.



Humor: Cada vez melhor.


Ouvindo: Metallica - Of Wolf and Man.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Tchau!

"Pra ter saudades, é preciso, antes de mais nada, se afastar."
Também não sei de quem!



Bwenaz... aqui todo mundo tá sabendo que vou-me embora destas bandas daqui do Sul, pois não?!
Uma prévia então é dizer que assim, de febre mesmo, me deu vontade de ir embora. Talvez seja um baita pretensioso em pensar assim, mas acho que estou crescendo e aqui onde moro não acompanha... é como se EU fôsse (argh) um tipo de Inseto que tem que trocar de casca. Abandona a velha e cresce e se adapta a uma nova. Talvez seja isso mesmo. O Facto é que agarrei as malas (figurativamente, ainda não tenho malas) e tô indo embora! E, agora, depois da decisão de quase 6 meses, caiu a ficha.
É estranho dizer cair a ficha quando todos usam cartões telephônicos... mas a analogia permaneceu.
Enfim, a questão é que agora, faltando um mês, as coisas tomam uma proporção mais "real" da partida. Fazer vacinas, comprar malas e acessórios, roubar uma plaquinha de "conserta-se gaitas" aqui... preparar Curriculo, dar tchau às pessoas. Yeah, vai tudo se encaminhando... Parece que o tempo não corre, mas sim, escorres, como se derretesse. Não posso dizer que dá medo. Não dá medo nada, e sim duvida. Tu fica curioso pelo futuro. Oras, a um ano atrás nunca pensei em sair da Cidade que moro, agora, atravesso o Brasil. E me pareceestranho pensar assim, mas é como se nascesse de novo. Vai ser uma nova realidade. EU, por minha conta. Mais do que agora. Coisas corriqueiras como acordar, dar oi pro Pai, pra Mãe, pra irmã, afagar o cachorro, ir de Samba-Canção no armazém da esquina, conhecer todo mundo da redondeza, conversar com Motorista e Cobrador do ônibus, ir pro La Piedra... tudo vai ser apenas memoria. Por mais que os amigos sejam signmificativos e os preze muito, estaremos longe. Sabe-se lá quando vou poder olhar a cara de um, dar abraço em outro e coisas do gênero.
Com a ida, além de sumir daqui, onde moro, sumo também dos meios cibernéticos. Internet neste caso, é luxo, e não posso me dar luxos agora. Será raro me achar no MSN. Postagens no MEU Mundo também ficarão (mais ainda) escaças. Tentarei, dentro do possível, manter contacto, mas sabem como sou péssimo pra ligar, mandar emelho e noticias, me perdoem! Estando lá, não sei o que me espera. Pretendo trabalhar muito. Tô indo pra fazer grana mesmo. Porém no começo, sempre é difícil. Porém, já passei por bastante coisa difícil, não vai ser isso que vai me assustar.
Esse Post foi chato pra caramba, mas é por que odeio despedidas! Hasta más!



Humor: Ansioso.

Ouvindo: Franz Ferdnand - Walk Away.